Primeira Consulta com o Pediatra: 7-10 dias de vida

Primeira Consulta com o Pediatra - 7-10 dias de vida (2)

ALIMENTAÇÃO

Leite materno em livre demanda, ou seja, a hora que o bebê quiser. Para os bebês que necessitam, fórmula alimentar adequada para cada paciente. Não precisam de água nem chá até o 6º mês de vida.
Alimentação adequada, um bom aporte de líquido e o descanso adequado para a mãe, quando possível, ajudam na boa produção do leite materno. As mães devem evitar excesso de doces, estimulantes (café, chocolate, chimarrão, refrigerantes), comidas gordurosas ou que tenham excesso de cebola, alho, repolho, pimentão, pimenta, condimentos, legumes e leguminosas cozidas (cenoura, beterraba, feijão, etc..), pois podem contribuir na cólica do bebê. Alimentos indigestos devem ser evitados.
Outro vilão para as cólicas é o leite, principalmente naquela família que tem algum histórico de alergia de qualquer tipo (pele, alimentar, asma, rinite, etc).

SOL

Recomenda-se a exposição direta da pele à luz solar, a partir da segunda semana de vida, sendo suficiente a cota semanal de 30 minutos com a criança usando apenas fraldas (seis a oito minutos por dia, três vezes por semana), ou de duas horas/semana (17 minutos por dia), expondo apenas a face e as mãos da criança.
Lembre-se expor o bebê ao sol : sem vidro e sem vento.

VACINAS

Já devem ter sido realizadas na maternidade (BCG e Hepatite B), caso contrário questione junto ao pediatra.

O QUE O MEU BEBÊ JÁ FAZ?

Olha e foca a 30 cm de distância (distância entre o seio e rosto da mãe).
Braços e pernas fletidos, cabeça lateralizada e mão fechada.
“Assusta-se” com barulho.
De bruços eleva a cabeça até tirar o queixo (por a 1-2 segundos).

SONO

20-16h por dia. Ter rotina para o sono. Não deixá-lo dormir no colo. Colocá-lo acordado no berço, sempre de barriga para cima, e fazê-lo adormecer ali, pois se ele despertar ele estará no mesmo local onde adormeceu e não se assustará (choro).  A criança pode dormir no mesmo quarto que os pais, mas no berço, e nunca na cama com o casal. Mobili sempre numa altura que quando ele sentar ou levantar não consiga alcançar.
Não colocar nenhum objeto no berço, pelo risco de sufocação.

XIXI E COCO

Mais de 6 fraldas ao dia, sinal de boa hidratação (pega bem o seio), boa ingestão. Sempre limpar da frente (genitais) para trás (ânus) com algodão, água morna e sabão neutro infantil. Sempre que estiver sujo. Passar o álcool a 70% no coto umbilical a cada troca de fraldas. O coto umbilical cai entre 7 -20 dias de vida.
Cuidado para não superaquecer ou resfriar demais a criança.

O QUE FAZER PARA O MEU FILHO TER UM BOM DESENVOLVIMENTO?

Alimentá-lo quando com fome. Respeitá-lo quando não tem.
Se passar mais de 3-4h sem mamar, despertá-lo para comer, senão estiver ganhando peso adequadamente.

Acalentá-lo quando choroso. Dar colo! Tocar, acariciar, alisar seu bebê, pegá-lo no colo e aconchegá-lo são as melhores formas de transmitir amor e segurança, necessários para o desenvolvimento progressivo da autonomia de seu filho.
Passar segurança, carinho, tranquilidade pelo contato pele a pele, com sua voz, que ele já reconhece.
O“balancinho” que ele tinha intra-útero também o acalma.

Atender ao choro prontamente, pois assim ele sabe que tem alguém para cuidá-lo, tornando-se mais calmo, tranqüilo, seguro e confiante. O Choro é principal forma de comunicação do recém- nascido.

Outra causa de choro é ele sentir-se sujo de xixi ou coco, certifique se não é isso que o incomoda. Frio e calor também são causas de choro, bem como necessidade de carinho e atenção.

A cólica geralmente inicia-se na segunda semana de vida. Acomete a maioria dos bebês e é a principal causa de choro até os 4 meses de vida. Muitas vezes surge no mesmo horário, em vários dias seguidos, sua duração é variável, podendo durar minutos ou horas. Quando o bebê esta com cólica ele chora violentamente emitindo gritos agudos e altos, faz extensão e flexão das pernas, rosto fica avermelhado e não aceita alimentação. Às vezes a cólica cede de forma brusca e espontânea, levando o RN a dormir horas seguidas para descansar. Existem várias causas para a cólica: deglutição excessiva de ar nas mamadas, choro em excesso, fermentação, imaturidade intestinal, etc.
A tranqüilidade da família é essencial para a tranqüilidade e segurança do bebê. Não se desespere! Vai passar, caso contrário procure o pediatra.

O que fazer para aliviar a cólica?

Massagem abdominal, pressionando o cólon, para estimular que os gazes saiam. Compressas mornas na barriga. Deitar o bebê de bruços sobre seu peito ou barriga ou então fazer a posição do “super–homem” massageando a barriginha. Levá-lo ao seio, pois estimula o reflexo gastro-íleo-cólico, auxiliando na eliminação dos flatos. Outra técnica que pode ajudar é a do Balde com água morna, a flexão das pernas e o contato com a água podem ajudar a acalmar o bebê.

SINAIS DE ALARME PARA LEVAR SEU RECÉM-NASCIDO AO PRONTO-ATENDIMENTO

  • Febre (Temperatura axilar acima de 37,8C )
  • Icterícia = amarelão que não passa após 10 dias no bebê a termo e após 14 dias de vida no prematuro
  • Parar de urinar
  • Recusa da mamada
  • Hipotermia ( temperatura axilar < 35,5C) e apatia
  • Coma: quando você não consegue acordar o bebê de maneira nenhuma
  • Tosse persistente e recusa alimentar
  • Vômitos que não param e a criança desitratar ( pele enrugada, não urina, olho fundo)
  • Dificuldade para respirar
  • Choro e irritabilidade excessivos
  • Fezes brancas ou muito claras.

Caso você tenha alguma dúvida ligue para mim.

alerta amarelo

SEGURANÇA

Nunca deixar o bebê sozinho no trocador, pois ele pode cair.
Cuidado com a temperatura da água e do ambiente no banho, pois ele pode se queimar ou sentir frio. Cuidado no banho pois ele pode se afogar.
Asfixia com roupas, leite, talco e brinquedo.
Intoxicação com medicamentos, administrado pelos cuidadores com doses incorretas.
Traumatismos decorrentes de quedas da cama, colo, carrinho, etc..
Queimaduras com cigarro, mamadeira, exposição excessiva ao sol, etc..
Transporte adequado no carro, usar cadeirinha adequada para cada faixa etária, conforme regras do DETRAN.

 

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Bibliografia: Sociedade Brasileira de Pediatria

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