ALIMENTAÇÃO
Nessa faixa etária a resistência a alguns alimentos é muitas vezes uma maneira de demonstrar independência e autonomia, assim é de fundamental importância que a família dê o exemplo de uma alimentação saudável. Nesta fase a criança apresenta ritmo de crescimento regular e inferior ao do bebe. A velocidade de crescimento e o ganho de peso são menores do que nos dois primeiros anos de vida, com isso o apetite diminui e isto é normal.
Além disto, o comportamento alimentar da criança pré-escolar caracteriza-se por ser imprevisível e variável: a quantidade ingerida de alimentos pode oscilar, sendo grande em alguns períodos e nula em outros; caprichos podem fazer com que o alimento favorito de hoje seja inaceitável amanhã; ou que um único alimento seja aceito por muitos dias seguidos. Se os pais não aceitarem este comportamento como transitório e reagirem com medidas coercitivas, este poderá se transformar em distúrbio alimentar real e perdurar em fases posteriores.
A neofobia é caracterizada pela dificuldade em aceitar alimentos novos ou desconhecidos, isto é, a criança nega-se a experimentar qualquer tipo de alimento desconhecido e que não faz parte de suas preferências alimentares. Para que esse comportamento se modifique, é necessário que a criança prove o novo alimento, em torno de 8 a 10 vezes, mesmo que seja em quantidade mínima. Somente dessa forma, a criança conhecerá o sabor do alimento e estabelecerá seu padrão de aceitação.
O apetite é variável, momentâneo e depende de vários fatores, entre eles, condição física e psíquica, atividade física, temperatura ambiente e quantidade na ingestão na refeição anterior. Criança cansada ou super estimulada com brincadeiras pode não aceitar a alimentação de imediato, assim como também, no verão, seu apetite pode ser menor do que no inverno. O apetite pode diminuir se, na refeição anterior, a ingestão calórica foi grande.
Os alimentos preferidos pela criança são os de sabor doce e muito calóricos. Essa preferência ocorre porque o sabor doce é inato ao ser humano, não necessitando de aprendizagem como os demais sabores. Observar o consumo de no máximo 25 gramas por dia de açúcar (AAP, 2016).
A exposição frequente do mesmo alimento, em diferentes apresentações (receitas) contribui na redução da neofobia alimentar, comum nesta faixa etária. A criança determina a quantidade a ser consumida. A criança possui mecanismos internos de saciedade que determinam a quantidade de alimentos que ela necessita, por isso, deve ser permitido o seu controle de ingestão.
A alimentação deve ser lúdica. Refeições em família, com a participação ativa da criança no preparo dos alimentos (estimulando sua curiosidade pelos aromas, texturas, cores, sabores dos alimentos), autonomia para alimentar-se sozinha sem a coerção do adulto, são excelentes estratégias na formação de bons hábitos alimentares.
As refeições e lanches devem ser servidos em horários fixos diariamente, com intervalos suficientes para que a criança sinta fome na próxima refeição. Um grande erro é oferecer ou deixar a criança alimentar-se sempre que deseja, pois assim, não terá apetite no momento das refeições. O intervalo entre uma refeição e outra deve ser de 2 a 3 horas.
É necessário que se estabeleça um tempo definido, 30 minutos são suficientes para cada refeição. Se nesse período a criança não aceitar os alimentos, a refeição deverá ser encerrada e apenas na próxima, será oferecido algum alimento.
O tamanho das porções dos alimentos nos pratos deve estar de acordo com o grau de aceitação da criança. O ideal é oferecer uma pequena quantidade de alimento e perguntar se a criança deseja mais. Ela não deve ser obrigada a comer tudo que está no prato.
A sobremesa deve ser uma fruta. A oferta de líquidos nos horários das refeições deve ser controlada — o ideal é oferecê-los após a refeição, de preferência água. Os sucos devem limitar a quantidade máxima de 120 mL/dia.
Os pais devem oferecer alimentos variados, saudáveis e em porções adequadas e permitir que a criança escolha o que e quanto quer comer. A aceitação dos alimentos se dá não só pela repetição à exposição, mas também, pelo condicionamento social e a família é o modelo para o desenvolvimento de preferências e hábitos alimentares.
A criança deve ser encorajada a comer sozinha, mas sempre com supervisão, para evitar engasgos. É importante deixá-la comer com as mãos e não cobrar limpeza no momento da refeição. Quando souber manipular adequadamente a colher, pode-se substituí-la pelo garfo.
Evite ter e ou levar para casa: bolacha wafer, bolacha recheada, chocolate à vontade, leite condensado, balas, chicletes, nutella, salsicha, nuggets. Não estimule seu filho a comer esse tipo de alimento. Existem outras maneiras de você demonstrar seu amor.
Não leve “balinha“ para casa, leve um livro para você ler com ele antes de dormir, isso reforça o vínculo entre pais e filhos, cria hábito saudável e estimula a inteligência dele. Use sua imaginação!
As crianças com dificuldades alimentares apresentam tendência de ingerir pequenas refeições e de forma lenta, além de comportamento inadequado no momento das refeições, como recusa alimentar, brincadeiras e desinteresse para com a comida.
À medida que os dentes nascem os alimentos amassados devem ser substituídos por alimentos inteiros seguidos de alimentos crus, em pequenos pedaços como a cenoura, ou maçã, por exemplo. Maus hábitos alimentares levam à aquisição de deformidades dentárias e de mordida, especialmente nas crianças que fazem uso prolongado de chupetas e mamadeiras, o que pode levar a criança a ser um respirador bucal.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os carboidratos sejam ingeridos preferencialmente na forma de cereais integrais, vegetais, frutas e leguminosas. Para pré-escolares a ingestão de frutas e vegetais deve ser no mínimo de 250 g/dia e a de fibras que ocorrem naturalmente na dieta de no mínimo 15 g/dia.
A oferta de líquidos nos horários das refeições deve ser controlada porque o suco, a água e, principalmente o refrigerante, distendem o estômago, podendo dar o estímulo de saciedade precocemente. O ideal é oferecê-los após a refeição, de preferência água.
Bebidas açucaradas, leite saborizado e bebidas com cafeína não são recomendados para pré-escolares. Alimentos que possam provocar engasgos devem ser evitados, como balas duras, uva inteira, pedaços grandes de cenoura crua, pipoca entre outros.
Adoçantes não nutritivos, sintéticos ou naturais, como acesulfame K, aspartame, advantame, ciclamatos, neotame, sacarina, sucralose, stevia e derivados da stevia, não devem ser usados em crianças, exceto quando tendo diabetes.
Recomendação de água: 1,3 litros – 0,9 litros de líquidos (água e bebidas)
Consumo de no máximo 25 gramas por dia de açúcar, o que equivale a seis colheres de chá.
Rotina Alimentar:
café da manhã – 8h;
lanche matinal ou colação – 10h;
almoço – 12h;
lanche vespertino – 15h;
jantar – 19h
algumas vezes lanche ou ceia antes de dormir.
Com 3 anos a necessidade calórica é de 1300 Kcal, que devem ser divididas em:
Pães e Cereais: 5 porções
Verduras e Legumes: 3 porções
Frutas: 3 porções
Leguminosas: 1 porção
Carnes e ovos: 2 porções
Leite e produtos lácteos: 3 porções
Açúcar e doces: 1
Óleo e Gorduras: 2 porções
VACINAS
Não há vacina, se seu calendário estiver em dia. Dependendo da época do ano pode ser realizada a vacina da gripe (influenzae + H1N1).
O QUE A CRIANÇA JÁ FAZ?
Fala frases combinando 3 ou 5 palavras.
Usa orações. Gagueira Fisiológica.
Pula nos dois pés. Acalma-se logo após a sua ausência. Gosta de brincar com outras crianças.
Consegue se comunicar e ser entendida a maior parte do tempo. Faz perguntas com o “que, por quê, onde, quem ?”. Pergunta: onde está o papai? Diz uma ação quando solicitado: comer, correr ou brincar. Fala bem o suficiente para que os outros entendam.
Evita tocar em ambientes quentes como forno quando avisada. Arremessa bola para cima mais que o seu braço. Imita uma linha vertical ou circular quando demonstra-se como faz.
Reconhece 2 ações, tipo: quem late?, quem fala? Entende e executa algumas ordens simples.
Brinca com outras crianças. Equilibra-se em um pé só. Por alguns segundos.
Anda nas pontas dos pés. Sobe escadas alternando os pés.
Anda de triciclo usando os pedais. Despe-se e veste-se sozinha, coloca os sapatos. Usa garfo e colher. Reconhece 2 ou 3 cores. Ela já sabe dizer não.
Marcos Sociais/Emocionais:
Acalma-se dentro de 10 minutos depois de deixá-lo entregue na creche.
Observa outras crianças e se junta a elas para brincar.
Marcos de Linguagem/Comunicação:
Conversa com você usando pelo menos duas trocas de turno.
Pergunta “quem”, “o quê”, “onde” ou “por quê”, como “Onde está a mamãe/papai?”.
Diz que ação está acontecendo em uma imagem ou livro quando perguntado, como “correr”, “comer” ou “jogar”.
Diz o primeiro nome, quando perguntado.
Fala bem o suficiente para que os outros entendam, na maioria das vezes.
Marcos Cognitivos (aprender, pensar, resolver problemas):
Desenha um círculo, quando você mostra a ele como.
Evita tocar objetos quentes, como um fogão, quando você o avisa.
Marcos de Movimento/Desenvolvimento Físico:
Alinhava ítens juntos, como contas grandes ou macarrões.
Veste algumas roupas sozinho, como calças soltas ou uma jaqueta.
Usa um garfo.
SONO
12 h por dia.
A noite 10,5 h e 1 soneca à tarde de 1,5–2 h.
A criança já pode dormir no seu quarto.
Já brigam contra o sono, para não dormir, por isso crie uma rotina.
O QUE FAZER PARA O MEU FILHO TER UM BOM DESENVOLVIMENTO FÍSICO, EMOCIONAL E INTELECTUAL?
Conte histórias, para despertar o interesse dele pela leitura.
Estabeleça limites, visto a segurança da criança e tranquilidade para os pais.
Explique e demonstre as atitudes corretas: como não roubar, não mentir.
Locais onde ela possa escalar, escorregar, pular, engatinhar, saltar e correr.
Picar, colar, rasgar, cortar, pintar, colorir. Jogar e chutar bola, arremessar. Andar equilibrando uma almofada na cabeça.
Ofereça objetos que ela possa reconhecer cores, números, formas, tamanhos.
Procure explicar para ela, conversando e interagindo.
Jogos de montar e desmontar.
Brincar com outras crianças para desenvolver habilidades sociais.
Seja um modelo de comportamento positivo para ela, demonstrando boas maneiras, respeito pelos outros e animais, além de empatia pelas pessoas.
Tempo de qualidade com eles: brincando, lendo, perguntando sobre seu dia.
Tenha rotina para que ela se sinta segura.
Incentivar a criança a se despir sozinha e mostrar e perguntar sobre as partes do corpo.
Estimular a criança a guardar e retirar brinquedos das caixas.
Dar objetos de várias qualidades e pedir para que junte os iguais.
Brincar de bater palmas e pés e pedir para ela imitar.
Mostrar um álbum de fotos e pedir que identifique as pessoas.
Encoraje seu filho a resolver seus próprios problemas com seu apoio.
Faça perguntas para ajudá-lo a entender o problema.
Ajude-o a pensar em soluções, experimente uma e tente mais se necessário.
Fale sobre as emoções do seu filho e dê-lhe palavras para ajudá-lo a explicar como ele está se sentindo.
Ajude seu filho a gerenciar sentimentos estressantes ensinando-o a respirar fundo, a abraçar um brinquedo favorito, ou a ir para um lugar tranquilo e seguro quando ele está chateado.
Defina algumas regras simples e claras que seu filho pode seguir, como usar toques suaves ao brincar.
Se ele quebrar uma regra, mostre-lhe o que fazer em vez disso.
Mais tarde, se seu filho seguir a regra, reconheça e o parabenize.
Leia com seu filho.
Faça perguntas, como “O que está acontecendo na foto?” e/ou “O que você acha que vai acontecer a seguir?”
Quando ela lhe der uma resposta, peça mais detalhes.
Jogue jogos de contar.
Conte partes do corpo, escadas e outras coisas que você usa ou vê todos os dias.
Crianças dessa idade estão começando a aprender sobre números e contagem.
Ajude seu filho a desenvolver suas habilidades linguísticas falando com ele em frases mais longas do que as dele, usando palavras reais.
Repita o que ele diz, por exemplo, “quelo nana”, e depois mostre como usar mais palavras “adultas” dizendo: “Eu quero uma banana”.
Deixe seu filho ajudar na realização de refeições.
Dê-lhe tarefas simples, como lavar frutas e legumes ou mexer.
Dê instruções ao seu filho com 2 ou 3 passos.
Por exemplo: “Vá ao seu quarto e pegue os seus sapatos e casaco.”
Limite o tempo de tela (TV, tablets, telefones, etc.) a no máximo 1 hora por dia de um programa infantil com um adulto presente.
Não coloque nenhuma tela no quarto do seu filho.
As crianças aprendem falando, brincando e interagindo com os outros.
Ensine ao seu filho canções simples e rimas, como “Brilha, brilha estrelinha”.
Dê ao seu filho uma “caixa de atividades” com papel, lápis de cor e livros para colorir.
Colora e desenhe linhas e formas com seu filho.
Encoraje seu filho a brincar com outras crianças.
Isso o ajuda a aprender o valor da amizade e como se dar bem com os outros.
COMO LER PARA A CRIANÇA?
Essa é a fase em que as crianças gostam de exercer a previsibilidade, assim gostam que os pais contem as mesmas histórias várias vezes. Também repetem palavras e frases e participam mais da leitura. Assim os pais podem:
1- Permitir que a criança faça comentários sobre o texto, alguma figura ou palavra que chame atenção dela.
2- Deixe que ela conte sua história favorita da sua própria maneira. Fale sobre os sentimentos dos personagens e pergunte se ela já sentiu o mesmo.
3- Fazer perguntas sobre as imagens do livro para que a criança responda. Ex: o que é isso?
4- Valorizar todas as perguntas e comentários que a criança faz, pois são boas oportunidades para iniciar uma conversa.
5- Mostrar para a criança como as coisas que acontecem com os personagens são parecidos com algo que ela mesma já fez ou viu.
6- Deixar que a criança conte o que acontece em seguida ao ler histórias que ela já conhece.
Birras
A crise de birra é a demonstração de frustração ou raiva da criança, comportamento normal nessa faixa etária. Ela quer fazer as próprias escolhas, muitas vezes tentando realizar seus desejos por intermédio do choro, das birras e/ou acesso de raiva. Diante desse comportamento, o estabelecimento de limites é fundamental para educação da criança.
Como elas não têm controle total sobre suas emoções nem noções dos seus limites, acabam gritando, se jogando no chão, chorando. Geralmente as crises passam por 4-5 anos.
Birra é uma fase em que as crianças começam a explorar sua independência e testar limites. Como abordar essas situações:
1. Mantenha a calma: Tente não reagir com frustração ou raiva. Respirar fundo e manter a calma ajuda a acalmar a situação e a modelar o comportamento desejado.
2. Ofereça opções: Dar escolhas simples pode ajudar a criança a sentir que tem algum controle. Por exemplo, “Você quer vestir a blusa azul ou a vermelha?”
3. Use linguagem simples para descrever sentimentos: Ajude a criança a reconhecer o que está sentindo. Você pode dizer: “Eu sei que você está chateado porque não podemos brincar agora.”
4. Redirecione o comportamento: Em vez de focar no que a criança não pode fazer, ofereça uma alternativa. Se ela estiver jogando objetos, por exemplo, redirecione para uma atividade mais apropriada.
5. Estabeleça limites claros: É importante que a criança entenda o que é permitido e o que não é. Seja consistente com os limites, com tom firme e gentil.
6. Evite reforçar a birra: Tente não ceder para acalmar a birra, pois isso pode ensinar que ela é eficaz para conseguir algo. Mostre formas adequadas de expressar sentimentos.
7. Dê atenção positiva: Quando a criança estiver se comportando bem, elogie-a.
8. Fique atento aos sinais: Fome, cansaço ou estímulo excessivo podem provocar birras. Uma rotina regular ajuda a preveni-las.
9. Mostre empatia: Diga “Eu entendo que você está bravo porque não pode brincar agora, mas precisamos guardar os brinquedos para comer.”
10. Dê tempo para acalmar: Um “cantinho da calma” com objetos de conforto pode ajudar quando a criança estiver muito agitada.
Essas técnicas podem ajudar a criança a aprender a lidar com suas emoções e gradualmente reduzir as birras ao longo do tempo.
ALERTAS DE SEGURANÇA PARA A CRIANÇA DE 3 ANOS
Picadas e mordeduras.
Quedas (cama, colo, carrinho, poltronas e escadas).
Cuidado com a criança na cozinha! Área de risco! Colocar grade de proteção.
Queimaduras (cigarro, líquidos quentes).
Sufocação (enrolar cordão ou prendedor de chupeta em volta do pescoço, pequenos brinquedos).
Intoxicações (medicamentos em doses erradas, substâncias tóxicas — naftalina).
Transporte adequado no carro: usar assento especial para crianças e sempre no banco traseiro.
Estabelecer limites, usar as bocas de trás do fogão, cabos voltados para dentro.
O ideal é não ter a criança na cozinha!
Risco com afogamento e quedas de piscinas.
Necessitam de supervisão contínua.
Deixar fora do alcance: objetos pontiagudos, cortantes, que destacam partes, medicamentos, produtos de uso domiciliar.
Nessa faixa etária existe risco de:
atropelamento, aspiração (corpo estranho), queimaduras, choque elétrico, afogamentos, quedas, contusões e intoxicações.
Para prevenir:
Verificar a temperatura do banho.
Não medicar sem receita.
Usar protetor de tomadas.
Cuidados com fios soltos.
Usar protetores de quina de móveis.
Afastar cordões, fios e sacos plásticos.
Proteger escadas e janelas.
Manter fechada a porta do banheiro e da cozinha.
Não deixar produtos de limpeza e remédios ao alcance das crianças — tranque-os ou guarde em locais de difícil acesso.
Usar brinquedos fortes e inquebráveis.
Evitar brinquedos com partes pequenas, pelo risco de sufocação.
Não deixar ao alcance fios, cordões e sacos plásticos.
Proteger escadas pelo risco de quedas.
Proteger arestas pontiagudas dos móveis.
Até os 3 anos de vida, os brinquedos não podem conter peças pequenas, cortantes ou perfurantes.
Se desmontáveis, essa regra vale para todas as peças.


