Consulta de 2 anos de vida

ALIMENTAÇÃO

É necessária e importante a sedimentação de hábitos saudáveis. Nesta fase a criança apresenta ritmo de crescimento regular e inferior ao do bebê. A velocidade de crescimento e o ganho de peso são menores do que nos dois primeiros anos de vida, com isso o apetite diminui e isto é normal.

Além disto, o comportamento alimentar da criança pré-escolar caracteriza-se por ser imprevisível e variável: a quantidade ingerida de alimentos pode oscilar, sendo grande em alguns períodos e nula em outros; caprichos podem fazer com que o alimento favorito de hoje seja inaceitável amanhã; ou que um único alimento seja aceito por muitos dias seguidos. Se os pais não aceitarem este comportamento como transitório e reagirem com medidas coercitivas, este poderá se transformar em distúrbio alimentar real e perdurar em fases posteriores.

A neofobia é caracterizada pela dificuldade em aceitar alimentos novos ou desconhecidos, isto é, a criança nega-se a experimentar qualquer tipo de alimento desconhecido e que não faz parte de suas preferências alimentares. Para que esse comportamento se modifique, é necessário que a criança prove o novo alimento, em torno de 8 a 10 vezes, mesmo que seja em quantidade mínima. Somente dessa forma, a criança conhecerá o sabor do alimento e estabelecerá seu padrão de aceitação.

O apetite é variável, momentâneo e depende de vários fatores, entre eles, condição física e psíquica, atividade física, temperatura ambiente e quantidade na ingestão na refeição anterior. Criança cansada ou superestimulada com brincadeiras pode não aceitar a alimentação de imediato, assim como também, no verão, seu apetite pode ser menor do que no inverno. O apetite pode diminuir se, na refeição anterior, a ingestão calórica foi grande.

A exposição frequente do mesmo alimento, em diferentes apresentações (receitas) contribui na redução da neofobia alimentar, comum nesta faixa etária. A criança determina a quantidade a ser consumida. A criança possui mecanismos internos de saciedade que determinam a quantidade de alimentos que ela necessita, por isso, deve ser permitido o seu controle de ingestão.

A alimentação deve ser lúdica. Refeições em família, com a participação ativa da criança no preparo dos alimentos (estimulando sua curiosidade pelos aromas, texturas, cores, sabores dos alimentos), autonomia para alimentar-se sozinha sem a coerção do adulto, são excelentes estratégias na formação de bons hábitos alimentares.

As refeições e lanches devem ser servidos em horários fixos diariamente, com intervalos suficientes para que a criança sinta fome na próxima refeição. Um grande erro é oferecer ou deixar a criança alimentar-se sempre que deseja, pois assim, não terá apetite no momento das refeições. O intervalo entre uma refeição e outra deve ser de 2 a 3 horas.

É necessário que se estabeleça um tempo definido, 30 minutos são suficientes para cada refeição. Se nesse período a criança não aceitar os alimentos, a refeição deverá ser encerrada e apenas na próxima, será oferecido algum alimento.

O tamanho das porções dos alimentos nos pratos deve estar de acordo com o grau de aceitação da criança. O ideal é oferecer uma pequena quantidade de alimento e perguntar se a criança deseja mais. Ela não deve ser obrigada a comer tudo que está no prato. A sobremesa deve ser uma fruta.

A oferta de líquidos nos horários das refeições deve ser controlada: o ideal é oferecê-los após a refeição, de preferência água. Os sucos devem limitar a quantidade máxima de 120 mL/dia.

Os pais devem oferecer alimentos variados, saudáveis e em porções adequadas e permitir que a criança escolha o que e quanto quer comer. A criança deve ser encorajada a comer sozinha, mas sempre com supervisão, para evitar engasgos. É importante deixá-la comer com as mãos e não cobrar limpeza no momento da refeição. Quando souber manipular adequadamente a colher, pode-se substituí-la pelo garfo. Colocá-la à mesa junto com a família no momento da refeição.

  • Evite ter e/ou levar para casa: bolacha wafer, bolacha recheada, chocolate à vontade, leite condensado, balas, chicletes, nutella, salsicha, nuggets.
  • Não estimule seu filho a comer esse tipo de alimento. Existem outras maneiras de você demonstrar seu amor.
  • Não leve “balinha” para casa, leve um livro para você ler com ele antes de dormir — reforça o vínculo, cria hábito saudável e estimula a inteligência.
  • Use sua imaginação!

À medida que os dentes nascem os alimentos amassados devem ser substituídos por alimentos inteiros seguidos de alimentos crus, em pequenos pedaços como a cenoura, ou maçã, por exemplo. Maus hábitos alimentares levam à aquisição de deformidades dentárias e de mordida, especialmente nas crianças que fazem uso prolongado de chupetas e mamadeiras, o que pode levar a criança a ser um respirador bucal.

A oferta de líquidos nos horários das refeições deve ser controlada porque o suco, a água e, principalmente o refrigerante, distendem o estômago, podendo dar o estímulo de saciedade precocemente. O ideal é oferecê-los após a refeição, de preferência água. Bebidas açucaradas, leite saborizado e bebidas com cafeína não são recomendados para pré-escolares. Quanto às mamadeiras, dê preferência a não utilizá-las. Alimentos que possam provocar engasgos devem ser evitados, como balas duras, uva inteira, pedaços grandes de cenoura crua, pipoca entre outros. Adoçantes não nutritivos, sintéticos ou naturais, como acesulfame K, aspartame, advantame, ciclamatos, neotame, sacarina, sucralose, stevia e derivados da stevia, não devem ser usados em crianças, exceto quando tendo diabetes.

Recomendação de água: 1,3 litros – 0,9 litros de líquidos (água e bebidas)
Consumo de no máximo 25 gramas por dia de açúcar, o que equivale a seis colheres de chá.

Rotina Alimentar

  • Café da manhã – 8 h
  • Lanche matinal ou colação – 10 h
  • Almoço – 12 h
  • Lanche vespertino – 15 h
  • Jantar – 19 h
  • Algumas vezes lanche ou ceia antes de dormir

 

VACINAS

Não há vacina, se seu calendário estiver em dia. Dependendo da época do ano pode ser realizada a vacina da gripe (influenzae + H1N1).

 

O QUE A CRIANÇA JÁ FAZ?

  • Consegue vestir roupas mais fáceis com alguma ajuda.
  • Corre bem sem cair.
  • Abrem maçanetas, chupam canudinho.
  • Anda de costas.
  • Sobem escadas.
  • Constrói uma torre de 6 cubos ou mais.
  • Faz trenzinho com as peças de montar.
  • Fala frases combinando 2 ou 3 palavras.
  • Começa a utilizar os artigos (o, a, um) e os pronomes (meu, minha, sua, esse, etc…).
  • Consegue pular tirando os 2 pés do chão.
  • Consegue pular de um lado para o outro e também com uma perna só.
  • Chuta uma bola pra frente sem se apoiar.
  • Corre e chuta a bola.
  • Arremessa bola com a mão.
  • Come com colher.
  • Lançam objetos com as mãos.
  • Diz qual é o seu nome.
  • Entendem o significado de “eu” e “você”.
  • Diz frases com 2 a 4 palavras.
  • Imita pessoas (mãe, médico, pai, motorista, etc.).
  • Mostram que sabem usar objetos conhecidos.
  • Reconhece pelo menos 2 cores.
  • Reconhecem e apontam 5 a 10 fotos.
  • Aponta para 2 partes do corpo.
  • Consegue desenhar um círculo e linhas horizontais.
  • Reconhece suas emoções.
  • Olha para seu rosto para ver como reagir em uma nova situação.
  • Percebe quando os outros estão magoados ou chateados.
  • Começam a disfarçar emoções por motivos sociais.
  • Segura algo em uma mão, enquanto usa a outra mão para outro fim.
  • Tenta usar interruptores e botões em brinquedos.
  • Brinca com mais de um brinquedo ao mesmo tempo.
  • Tiram peças de roupas sem botões e puxam as calças.
  • Aponta para as coisas em um livro quando você pergunta: “onde está o urso?”
  • Usa mais gestos como mandar um beijo ou balançar a cabeça demonstrando um sim.
  • Usam mais de 50 palavras, com 50% de inteligibilidade.

 

SONO

12,5 h por dia. A noite 10,5 h e 1 soneca à tarde de 1,5 h. A criança já pode dormir no seu quarto. Já brigam contra o sono, para não dormir, por isso crie uma rotina.

 

TREINAMENTO PARA O USO DO VASO SANITÁRIO E CONTROLE ESFINCTERIANO

É em torno de 2 anos que o sistema nervoso central se torna maduro para a criança aprender a usar o vaso sanitário. As crianças não devem ser forçadas a iniciar o processo de treinamento esfincteriano até que apresentem os sinais de prontidão que estão relacionados à capacidade da criança:

  • imitar o comportamento dos pais ou de cuidadores
  • desejar ser autônomo
  • andar e estar apta a sentar de modo estável e sem ajuda
  • capaz de dizer NÃO como sinal de independência
  • saber puxar as roupas para cima e para baixo
  • possuir um vocabulário simples referente ao treinamento esfincteriano
  • usar palavras, expressões faciais ou movimentos que indicam a necessidade de urinar ou evacuar
  • mostrar interesse em outras pessoas que estejam usando o banheiro
  • ficar seco por duas horas ou mais durante o dia
  • dizer que está “fazendo xixi” no momento da micção, em geral nos banhos
  • dizer aos pais que acabou de urinar ou evacuar em pequena quantidade na fralda e se incomodar com a fralda molhada
  • tentar retirar fralda molhada ou pedir para ser trocado (consciência física)
  • não querer usar fraldas ou mostrar interesse em cuecas ou calcinha
  • conseguir ficar parada no penico ou vaso sanitário por 3 a 5 minutos
  • compreender e seguir comandos simples.

O treinamento não deverá ser iniciado em um momento de estresse da vida da criança ou da família (por exemplo, após uma mudança de casa ou após o nascimento de um novo irmão) e os pais deverão estar preparados emocionalmente para lidar com tranquilidade com as perdas urinárias e fecais que acontecerão. O ideal é que o desfralde seja realizado ao mesmo tempo na creche e em casa.

Para o treinamento use o penico ou adaptador para o vaso sanitário com banquinho para apoio dos pés, deixe que a criança escolha aonde quer evacuar. O ideal é ela escolher o penico na hora de comprar. Incentivá-la a sentar com roupa algumas vezes antes de colocá-la sem fralda no penico. Colocar o xixi na fralda e o coco para mostrar para que o penico serve.

Você e/ou o colégio podem mostrar para criança como ir no banheiro dando o exemplo mas nunca impondo ou forçando. Deixe que a criança se sinta incomodada com a fralda e peça para tirar.

A liberação involuntária de urina à noite (xixi na cama) pode ir até 5 para meninas e 6 anos para meninos. Tenha paciência com os escapes, não reprima. Recomenda-se somente o uso de elogios para reforço, desencorajando o uso de guloseimas ou recompensas materiais, como brinquedo.

 

O QUE FAZER PARA O MEU FILHO TER UM BOM DESENVOLVIMENTO FÍSICO, EMOCIONAL E INTELECTUAL?

Estabeleça limites, visto a segurança da criança e tranqüilidade para os pais. Estimule ela a fazer perguntas. Promova curiosidade e pensamento crítico. Brinquedos educativos, quebra-cabeças simples. Locais onde ela possa escalar, escorregar, pular, engatinhar, saltar e correr. Picar, colar, rasgar, cortar, pintar, colorir. Massinha de modelar. Jogar e chutar bola, arremessar. Andar equilibrando uma almofada na cabeça.

Ofereça objetos que ela possa reconhecer cores, números, formas, tamanhos. Procure explicar para ela, conversando e interagindo. Jogos de montar e desmontar. Brincar com outras crianças para desenvolver habilidades sociais. Seja um modelo de comportamento positivo para ela, demonstrando boas maneiras, respeito pelos outros e animais, além de empatia pelas pessoas.

Tempo de qualidade com eles: brincando, lendo, perguntando sobre seu dia. Tenha rotina para que ela se sinta segura. Incentive a criança a se despir sozinha e mostrar e perguntar sobre as partes do corpo. Estimule a criança a guardar e retirar brinquedos das caixas. Dar objetos de várias qualidades e pedir para que junte os iguais. Brincar de bater palmas e pés e pedir para ela imitar. Mostrar um álbum de fotos e pedir que identifique as pessoas.

Uma forma de estimular a fala é não atender prontamente aos pedidos da criança, deixando-a primeiro falar algumas palavras para expressar o que deseja. Ajude seu filho a aprender como as palavras soam, mesmo que ele não possa dizê-las claramente ainda. Por exemplo, se seu filho diz, “nana”, diga “Você quer mais banana?”.

Observe seu filho de perto durante as brincadeiras. Crianças dessa idade brincam umas com as outras, mas não sabem compartilhar e resolver problemas. Mostre ao seu filho como lidar com conflitos ajudando-o a compartilhar, a revezar e a usar palavras quando possível.

Peça ao seu filho para ajudá-lo a preparar a hora da refeição, deixando-o levar coisas para a mesa, como copos de plástico ou guardanapos. Agradeça ao seu filho por ajudar. Dê bolas ao seu filho para chutar, rolar e jogar. Dê brinquedos que ensinam seu filho como fazer as coisas funcionarem e como resolver problemas. Por exemplo, dê-lhe brinquedos onde ele pode apertar um botão e algo acontece.

Deixe seu filho brincar de se vestir com roupas adultas, como sapatos, chapéus e camisas. Isso o ajuda a começar a brincar de faz-de-conta.

Permita que seu filho coma tanto ou tão pouco quanto ele quiser em cada refeição. Crianças nem sempre comem a mesma quantidade ou tipo de comida todos os dias. Seu trabalho é oferecer-lhe alimentos saudáveis e é trabalho do seu filho decidir se e quanto ele precisa comer.

Tenha rotinas constantes para dormir e se alimentar. Crie hora de dormir calma e tranquila para seu filho. Coloque o pijama, escove os dentes e leia 1 ou 2 livros para ele. Crianças dessa idade precisam de 11 a 14 horas de sono por dia (incluindo sonecas). Tempos de sono consistentes são essenciais.

Pergunte ao médico e/ou professor do seu filho se ele está pronto para o treinamento de banheiro. A maioria das crianças não tem sucesso no treinamento de vaso até os 2 a 3 anos de idade. Se ele não estiver pronto, pode causar estresse e contratempos, o que pode fazer com que o treino demore mais tempo.

Use palavras positivas quando seu filho estiver sendo um bom ajudante. Deixe-o ajudar com tarefas simples, como colocar brinquedos ou roupas em uma cesta.

Brinque com seu filho ao ar livre, brincando de “pronto, preparado, vá”. Por exemplo, empurre seu filho para trás em um balanço. Diga “Pronto, prepare-se…” então espere e diga “Vá” quando você empurrar o balanço.

Deixe seu filho criar projetos de arte simples com você. Dê lápis de cor ao seu filho ou coloque um pouco de tinta no papel e deixe-o explorar espalhando-a e fazendo formas. Pendure na parede ou geladeira para que seu filho possa vê-lo.

 

COMO LER PARA A CRIANÇA?

Essa é a fase em que as crianças gostam de exercer a previsibilidade, assim gostam que os pais contem as mesmas histórias várias vezes. Também repetem palavras e frases e participam mais da leitura. Assim os pais podem:

  1. Permitir que a criança faça comentários sobre o texto, alguma figura ou palavra que chame atenção dela.
  2. Deixe que ela conte sua história favorita da sua própria maneira. Fale sobre os sentimentos dos personagens e pergunte se ela já sentiu o mesmo.
  3. Fazer perguntas sobre as imagens do livro para que a criança responda. Ex: o que é isso?
  4. Valorizar todas as perguntas e comentários que a criança faz, pois são boas oportunidades para iniciar uma conversa.
  5. Mostrar para a criança como as coisas que acontecem com os personagens são parecidos com algo que ela mesma já fez ou viu.
  6. Deixar que a criança conte o que acontece em seguida ao ler histórias que ela já conhece.

A crise de birra é a demonstração de frustração ou raiva da criança, comportamento normal nessa faixa etária. Ela quer fazer as próprias escolhas, muitas vezes tentando realizar seus desejos por intermédio do choro, das birras e/ou acesso de raiva. Diante desse comportamento, o estabelecimento de limites é fundamental para educação da criança. Como elas não têm controle total sobre suas emoções nem noções dos seus limites, acabam gritando, se jogando no chão, chorando. Geralmente as crises passam por 4-5 anos. Birra é uma fase em que as crianças começam a explorar sua independência e testar limites. Como abordar essas situações:

  1. Mantenha a calma: Tente não reagir com frustração ou raiva. Respirar fundo e manter a calma ajuda a acalmar a situação e a modelar o comportamento desejado.
  2. Ofereça opções: Dar escolhas simples pode ajudar a criança a sentir que tem algum controle. Por exemplo, “Você quer vestir a blusa azul ou a vermelha?” Isso ajuda a reduzir a sensação de frustração e aumenta a cooperação.
  3. Use linguagem simples para descrever sentimentos: Ajude a criança a reconhecer o que está sentindo. Você pode dizer algo como: “Eu sei que você está chateado porque não podemos brincar agora.”
  4. Redirecione o comportamento: Em vez de focar no que a criança não pode fazer, ofereça uma alternativa. Se ela estiver jogando objetos, por exemplo, você pode redirecioná-la para uma atividade mais apropriada, como empilhar brinquedos macios.
  5. Estabeleça limites claros: É importante que a criança entenda o que é permitido e o que não é. Seja consistente com os limites, mas mantenha o tom firme e gentil.
  6. Evite reforçar a birra: Tente não ceder para acalmar a birra, pois isso pode ensinar à criança que a birra é uma maneira eficaz de conseguir o que quer. Em vez disso, mostre que ela pode expressar seus sentimentos de outras formas.
  7. Dê atenção positiva: Quando a criança estiver se comportando bem, elogie-a. Isso mostra que o bom comportamento também recebe atenção e incentivo.
  8. Fique atento aos sinais de fome, cansaço ou estímulos excessivos: Muitas birras acontecem quando a criança está com fome, cansada ou sobrecarregada. Manter uma rotina regular pode ajudar a minimizar essas situações.
  9. Mostre empatia e valide os sentimentos: Tente expressar compreensão, dizendo algo como “Eu entendo que você está bravo porque não pode brincar agora, mas precisamos guardar os brinquedos para comer.”
  10. Dê tempo para acalmar: Se a criança estiver muito agitada, dar-lhe um momento para se acalmar pode ajudar. Isso pode ser feito, por exemplo, criando um “cantinho de calma”, onde ela pode ficar com objetos que a confortem.

 

CRIANÇAS DE 2 ANOS E 6 MESES O QUE A CRIANÇA JÁ FAZ?

  • Marcos Sociais/Emocionais: Brinca ao lado de outras crianças e às vezes brinca com elas. Mostra o que ela pode fazer dizendo: “Olhe para mim!”. Segue rotinas simples quando solicitado, como ajudar a pegar brinquedos quando você diz: “É hora de guardar”.
  • Marcos de Linguagem/Comunicação: Fala cerca de 50 palavras. Diz duas ou mais palavras, com uma palavra de ação, como “Corre cachorro!”. Nomeia coisas em um livro quando você aponta e pergunta: “O que é isso?”. Diz palavras como “eu”, “você” ou “nós.”
  • Marcos Cognitivos (aprender, pensar, resolver problemas): Usa coisas para fingir, como alimentar uma boneca com um bloco como se fosse comida. Mostra habilidades simples de resolução de problemas, como ficar em pé em um banquinho para alcançar algo. Segue instruções de duas etapas como “Coloque o brinquedo no chão e feche a porta.” Mostra que ele sabe pelo menos uma cor, como apontar para um lápis vermelho quando você pergunta: “Qual é vermelho?”
  • Marcos de Movimento/Desenvolvimento Físico: Usa as mãos para torcer coisas, como virar maçanetas ou abrir tampas. Tira algumas roupas sozinho, como calças soltas ou uma jaqueta aberta. Pula do chão com os dois pés. Vira páginas de livros, uma de cada vez, quando você lê para ela.

 

O QUE FAZER PARA O MEU FILHO DE 2 ANOS E 6 MESES TER UM BOM DESENVOLVIMENTO FÍSICO, EMOCIONAL E INTELECTUAL?

Incentive a “brincadeira livre”, onde seu filho pode seguir seus interesses, tentar coisas novas e usar as coisas de novas maneiras. Use palavras positivas e dê mais atenção aos comportamentos que você espera (“comportamentos desejados”), do que àqueles que você não espera. Por exemplo, diga: “Eu gostei de ver você dividindo o brinquedo com o seu amigo!”

Dê ao seu filho opções alimentares simples e saudáveis. Deixe-o escolher o que comer em um lanche ou o que usar. Limitar escolhas a duas ou três.

Faça perguntas simples ao seu filho sobre livros e histórias. Faça perguntas, como “Quem?” “O quê?” e “Onde?”

Ajude seu filho a aprender a brincar com outras crianças. Mostre-lhe como, ajudando-o a compartilhar, a revezar e a usar suas “palavras”.

Deixe seu filho “desenhar” com lápis de cor no papel, creme de barbear em uma bandeja ou giz em uma calçada. Se você desenhar uma linha reta, veja se ele vai copiar você. Quando ele aprender as retas, mostre-lhe como desenhar um círculo.

Deixe seu filho interagir com outras crianças, como em um parque ou biblioteca. Pergunte sobre grupos de jogos locais e programas pré-escolares.

Coma refeições em família o máximo que puder. Dê a mesma refeição para todos. Aproveitem a companhia um do outro e evitem o tempo de tela durante as refeições.

Limite o tempo de tela a no máximo 1 hora por dia de um programa infantil com um adulto presente.

Use palavras para descrever coisas para seu filho, como grande/pequeno, rápido/lento, ligado/desligado e dentro/fora.

Ajude seu filho a fazer quebra-cabeças simples com formas, cores ou animais. Nomeie cada peça quando seu filho colocá-la no lugar.

Brinque com seu filho ao ar livre, levando-o ao parque para subir nos brinquedos e correr em áreas seguras.

Permita que seu filho coma tanto ou tão pouco quanto ele quiser em cada refeição.

 

ALERTAS DE SEGURANÇA PARA A CRIANÇA DE 2 ANOS

  • Atropelamentos, quedas de lugares altos e impacto
  • Picadas e mordeduras
  • Quedas (cama, colo, carrinho, poltronas e escadas)
  • Cuidado com a criança na cozinha! Área de risco! Colocar grade de proteção
  • Queimaduras (cigarro, líquidos quentes)
  • Sufocação (enrolar cordão ou prendedor de chupeta em volta do pescoço, pequenos brinquedos)
  • Intoxicações (medicamentos em doses erradas, medicação de uso adulto)
  • Transporte adequado no carro, usar assento especial para crianças e sempre no banco traseiro
  • Estabelecer limites, usar as bocas de trás do fogão, cabos voltados para dentro
  • Risco com afogamento e quedas de piscinas
  • Evitar objetos pontiagudos, cortantes, medicamentos e produtos de uso domiciliar ao alcance
  • Usar protetor de tomadas e protetor de quina de móveis
  • Afaste cordões, fios e sacos plásticos
  • Proteja escadas e janelas
  • Use brinquedos fortes e inquebráveis; evite peças pequenas
  • Até os 2 anos de vida, brinquedos não podem ter peças pequenas, cortantes ou perfurantes

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