Consulta de 10 meses de vida.

ALIMENTAÇÃO

Além do leite materno e/ou fórmula adequada para acima de 6 meses. Almoço e janta e duas papas de fruta (9:30 e 15:30h). A água deve ser oferecida entre as refeições com o máximo de 120 ml de água por dia. Não é recomendado adicionar sal, mel e açúcar na alimentação até 1 ano de vida. Suco está proibido até 1 ano. Gradativamente passar para a textura da alimentação da família. Deixar a criança com 1 colher para ela tentar coordenar e levar o alimento à boca. Deixe a comida em pedaços para ela pegar com a mão. A partir dos 7 meses: Alimentos cortados ou levemente amassados: 3/4 de uma xícara ou tigela de 250 ml – 4 a 5 colheres de sopa.
7 – 12 meses: 0,8 Leite humano e/ou fórmula infantil e alimentação complementar

Necessidade energética entre: 9-11 meses

  • Leite Materno: 379 kcal
  • Alimentação complementar: 451 Kcal
  • Total: 830 Kcal

A criança precisa comer comida e não só leite materno ou fórmula.

Rotina da Alimentação:

  • Café da manhã: Leite materno ou fórmula infantil
  • Lanche da manhã: Leite materno ou fórmula infantil + fruta
  • Almoço: {Cereal ou tubérculo + proteína animal + leguminosa + hortaliças (verduras+legumes)} sobremesa (½ fruta)
  • Lanche da tarde: Leite materno ou fórmula infantil + fruta
  • Jantar: Igual almoço
  • Lanche da noite: Leite materno ou fórmula infantil

De 6 a 11 meses

Segue o número de porções:

  • Pães e Cereais: 3 porções
  • Verduras e Legumes: 3 porções
  • Frutas: 3 porções
  • Leguminosas: 1 porção
  • Carnes e ovos: 2 porções
  • Leite e produtos lácteos: 3 porções
  • Açúcar e doces: 0 porção
  • Óleo e Gorduras: 2 porções

As frutas devem ser consumidas in natura (amassadas, cortadas ou raspadas), por conterem nutrientes importantes para a criança, como as fibras, e não na forma de sucos. Deve-se excluir alimentos industrializados pré-prontos, refrigerantes, café, chás, embutidos, entre outros. A oferta de água de coco (como substituto da água) é desaconselhável, por conter sódio e potássio em sua composição.

Sugere-se separar os alimentos, amassar com o garfo e oferecê-los de modo individual, para que o lactente aprenda a desenvolver preferências e paladares diversos. Com 9 meses a criança já tem mais autonomia para pegar o alimento em pedaços, levá-lo na boca, processá-lo e engolir sem engasgar.

Destaca-se os atributos essenciais de uma alimentação responsiva ótima por parte da criança. São eles: contato visual com o cuidador como evidenciado por sorriso; expressão de vocalizações agradáveis dirigidas para o cuidador, tal como evidenciado pela ausência de choro ou irritação; resposta motora às tentativas de alimentação, como evidenciado pela postura relaxada, movimentos tranquilos e moldagem ao corpo do cuidador. A existência destes atributos contribui para uma interação positiva entre cuidador/criança durante a alimentação da criança.

Deve-se evitar distrações excessivas (celular, tablet, TV) e comportamento dos familiares exageradamente permissivos ou controladores. A criança não deve ser forçada a comer, os alimentos não devem ser oferecidos na forma líquida (em mamadeiras e chuquinhas) e não é recomendado adicionar leite ou suco nas preparações para melhorar a aceitação.

 

VACINAS

Não tem vacinas com 10 meses.

Beyfortus (niversimabe): Imunoglobulina contra o Vírus Sincial Respiratório, principal causador de bronquiolite em bebês.

 

SONO

14h por dia. À noite 11h e mais ou menos 2 sonecas durante o dia. A criança já pode dormir no seu quarto. Sempre de barriga para cima e sem objetos no berço. Cuidado com móbiles, devem ser deixados fora do alcance pois podem servir de apoio para se levantarem. A criança já pode dormir no seu quarto. Sempre de barriga para cima e sem objetos no berço. Nessa fase ele já consegue se acomodar no berço da forma que prefere. Cuidado com quedas.

 

XIXI E COCO

Alguns pacientes podem apresentar fezes endurecidas e o bebê pode até ter dor ou dificuldade para evacuar. Se sinal de sofrimento ou desconforto, converse comigo.

 

O QUE O MEU BEBÊ JÁ FAZ?

  • Socioemocional: Tem medo de estranhos. É tímido, pegajoso, ou temeroso perto de estranhos. Mostra várias expressões faciais, como triste, irritado e surpreso. Reage quando os pais saem de perto (olha, estende a mão ou chora). Sorri ou ri quando você brinca de esconde-esconde. Faz cheirinho, fica envergonhado.
  • Comunicação: Faz sons respondendo a sua conversa. “mamamama”, “babababa”. Levanta a mão para ser pego. Entende o “não”.
  • Motor: Senta sozinho. Engatinha. Pode dar alguns passinhos. Escalar e ficar em pé com apoio. Já pega um copinho adequado para crianças com as 2 mãos. Move as coisas de uma mão para outra. Usa os dedos para arrumar a comida para si. Sobe escada engatinhando. Manda beijo e tchau. É um sinal de alerta se ele não sentar sozinho e não rolar.
  • Cognitivo: Bate duas coisas entre si. Procura objetos quando não está à sua vista. Começam a entender o efeito de suas ações: acender uma luz. Reconhece familiares.

 

O QUE FAZER PARA O MEU FILHO TER UM BOM DESENVOLVIMENTO

EMOCIONAL

  • Chamá-lo pelo nome.
  • Cantar e conversar com o bebê.
  • Fale com o bebê, faça perguntas e dê tempo para ele responder com seus balbucios.
  • Fazer caretas para o bebê tentar imitar.
  • Beijar o bebê e oferecer seu rosto para ele beijá-lo.
  • Sensibilidade: responder às suas necessidades de fome, sono, desconforto, etc.
  • O toque, o sussurro, o carinho da mãe e dos familiares são fundamentais para o desenvolvimento da afetividade e da socialização.
  • Rotina de sono, brincadeiras e alimentação ajudam o bebê a se sentir seguro.
  • Eles gostam de previsibilidade.

FÍSICO

  • Incentivar o bebê a engatinhar, colocar brinquedos a sua frente, para que ele tente alcançá-los.
  • Colocar algum obstáculo na frente do brinquedo, para que, se ele se interessar, tente alcançá-lo.
  • Brincar de imitar sons e movimentos. Nessa faixa etária ele já começa a imitar você e é capaz de bater palmas, fazer caretas e gracinhas. Diga “bubu”, “bababa”, tussa, bate os pés, bata palmas, etc.; para que ele tente imitar.
  • Dar um brinquedo simples estimulando-o a passar de uma mão para outra.
  • Quando o bebê estiver segurando um brinquedo, oferecer outro, para estimulá-lo a trocar os brinquedos, soltando o primeiro.
  • Pedir para o bebê dar um brinquedo, abrindo a mão e soltando.
  • Encaixar caixas ou potinhos um dentro do outro.
  • Dar um brinquedo com cordinha (carrinho) para ele puxar e levantar a cordinha.
  • Esconder um brinquedo pequeno em sua mão para ele procurar.
  • Dar brinquedos com furinhos para que ele coloque o dedo indicador.
  • Brincar de jogar objetos e depois buscá-los pode ajudar a diminuir a angústia provocada pela ausência dos pais ou cuidadores.
  • Oferecer ao bebê vários tipos de objetos, como espuma, lixa, toalha, madeira, metal, borracha, etc.
  • Se ele estranhar, não desista, ofereça os mesmos objetos em outra ocasião.
  • Lembre-se de nomear os objetos e explicar a diferença entre eles.
  • Procure não fazer brincadeiras momentos antes de o bebê dormir, pois podem ficar muito excitados e não conseguirem dormir.

INTELECTUAL

  • Mostrar um brinquedo escondê-lo atrás de suas costas e pedir para o bebê procurar.
  • Dar um brinquedo de cabeça para baixo para que ele coloque na posição correta.
  • Chamar o bebê pelo nome para que ele comece a reconhecê-lo.
  • Perguntar: “Onde está a mamãe?”, “onde está o papai?”, “onde está o cachorro?” e pedir para o bebê apontar.
  • Dar caixas e cestas para ele encher e tirar objetos.
  • Esconder um brinquedo embaixo de uma almofada e incentivar o bebê a procurá-lo.
  • Brincar de esconde-esconde com o bebê. Esconda-se com uma fralda ou atrás de um travesseiro, para que ele encontre você.
  • Colocá-lo na frente de um espelho e fazer brincadeirinhas de aparecer e desaparecer.
  • Leitura: ler em voz alta e mostrar as imagens dos livros e falar sobre elas.
  • Desenvolvimento auditivo: música e diferentes tipos de sons.
  • Diferentes sons e estímulos verbais são importantes para o desenvolvimento da linguagem.
  • Repita os sons do seu bebê e diga palavras simples usando esses sons. Por exemplo, se seu bebê diz “bobobo”, repita “bobobo”, então diga “bola”.
  • Coloque brinquedos no chão ou em um tapete de brincar um pouco fora de alcance e encoraje seu bebê a se arrastar, engatinhar ou rolar para pegá-los.
  • Comemore quando ele os alcançar.
  • Ensine seu bebê a acenar “tchau” ou balançar a cabeça “não”. Por exemplo, acene e diga “tchau” quando estiver saindo.
  • Você também pode ensinar a linguagem com gestos simples para o bebê dizer o que ele quer antes que ele possa usar palavras.
  • Faça brincadeiras como “escondeu-achou”. Você pode cobrir sua cabeça com um pano e ver se seu bebê o retira.
  • Brinque com seu bebê despejando blocos de um recipiente e colocando-os de volta juntos.
  • Brinque com seu bebê, como minha vez, sua vez. Tente isso passando um brinquedo para frente e para trás.
  • Limite o tempo de tela (TV, tablets, telefones, etc.) para chamadas de vídeo com entes queridos.
  • O tempo de tela não é recomendado para crianças menores de 2 anos de idade.
  • Os bebês aprendem falando, brincando e interagindo com os outros.
  • Peça comportamentos que você deseja para ele. Por exemplo, em vez de dizer “não fique de pé”, diga “hora de sentar”.
  • Diga um adeus rápido e alegre em vez de fugir para que seu bebê saiba que você está saindo, mesmo que ele chore.
  • Ele aprenderá a se acalmar e esperar.
  • Deixe-o saber quando você voltar, dizendo “Papai está de volta!”.

 

ALERTAS DE SEGURANÇA PARA O BEBÊ

Quedas (cama, trocador, colo, carrinho e poltronas). Sempre colocar e travar o cinto do bebê conforto. O bebê sempre deve estar com supervisão, nunca deixe-o sozinho em locais elevados. Ao carregar um bebê no colo, evite pisos lisos, molhados ou escorregadios. Além disso, em escadas e degraus, apoie-se sempre no corrimão. Tomadas de luz devem ser protegidas para evitar os choques e queimaduras, as janelas precisam ter telas para evitar as quedas, a lavanderia e os acúmulos de águas, mesmo em baldes ou bacias, que podem resultar em afogamento das crianças pequenas.

Queimaduras (banho, cigarro, líquidos quentes – mamadeira). Protetor de tomadas. Trava de gavetas. Cozinha não é lugar para bebês. Nunca cozinhe e nem manipule líquidos ou substâncias quentes com o bebê no colo. Temperatura do ambiente nem excesso de calor e nem frio.

Afogamento na hora do banho: não colocar a cabeça em contato com a água, ele vai aspirar.

Sufocação (dormir de barriga para baixo, enrolar cordão ou prendedor de chupeta em volta do pescoço, pequenos brinquedos, entre o espaço do colchão e o berço quando o colchão é do tamanho incorreto). Dormir sempre de barriga para cima, sem travesseiros, almofadas, cobertores ou brinquedos soltos no berço. O colchão deve ser firme. Como o bebê leva à boca qualquer objeto que consiga segurar, cuidado com objetos muito pequenos, sujos e cortantes.

Intoxicações (medicamentos em doses erradas, substâncias tóxicas – naftalina). Esterilização adequada da mamadeira para evitar infecções gastrointestinais.

Evite expor o bebê a fumo passivo ou ficar em ambientes com pessoas fumando.

Não deixe cães e/ou animais domésticos perto do bebê – pode ser perigoso.

Prefira termômetro digital pois o de mercúrio quebra fácil e é tóxico.

Não utilize talco, pois há risco de sufocação e pneumonite química.

Mobílias e equipamentos para o bebê devem conter certificação pelo Inmetro e ABNT.

Transporte adequado no carro, usar bebê conforto adequado para cada faixa etária. Usar bebê conforto ou conversível de costas para o movimento do veículo e preso pelo cinto de segurança.

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