Consulta de 6 meses de vida.

ALIMENTAÇÃO

Agora é o início da alimentação complementar para todos os bebês. Além do leite materno e/ou fórmula adequada para acima de 6 meses ele inicia com uma papa principal (almoço ou janta) e duas papas de fruta (9:30 e 15:30h). A água deve ser oferecida entre as refeições. Não é recomendado adicionar sal, mel e açúcar na alimentação até 1 ano de vida. Suco está proibido até 1 ano. A papa principal pode ser oferecida no almoço ou janta conforme a rotina da casa e quando a família estiver reunida. Pode ser complementada com leite materno até que a criança se mostre saciada apenas com a papa. Já podem e devem ser consumidos ovos, peixe, trigo, amendoim e grãos de feijão pelo bebê.

A partir de 6 meses – Alimentos amassados – Iniciar com 2 a 3 colheres de sopa e aumentar a quantidade conforme aceitação. Sugere-se separar os alimentos, amassar com o garfo e oferecê-los de modo individual, para que o lactente aprenda a desenvolver preferências e paladares diversos.

Necessidade energética entre: 9-11 meses

  • Leite Materno : 413 kcal
  • Alimentação complementar: 269 Kcal
  • Total: +/- 682 Kcal

A criança precisa comer comida e não só leite materno ou fórmula.
Quantidade de água : 0 a 6 meses – 700 mL (incluindo leite materno, fórmula)

Rotina da Alimentação:

  • Café da manhã: Leite materno ou fórmula infantil
  • Lanche da manhã: Fruta
  • Almoço: {Cereal ou tubérculo + proteína animal + leguminosa + hortaliças (verduras+legumes)}
  • Lanche da tarde: Leite materno ou fórmula infantil + fruta
  • Jantar: Começa com 7 meses
  • Lanche da noite: Leite materno ou fórmula infantil

Segue o número de porções:

  • Pães e Cereais (Carboidrato): 3 porções
  • Verduras e Legumes(Hortaliças) : 3 porções
  • Frutas: 3 porções
  • Leguminosas: 1 porção
  • Carnes e ovos: 2 porções
  • Leite e produtos lácteos: 3 porções
  • Açúcar e doces: 0 porção
  • Óleo e Gorduras: 2 porções

Quantidade de alimentos que corresponde a uma porção – crianças de 6 meses a 3 anos de idade

Carboidratos: 2 colheres de sopa de: aipim cozido ou mandioca ou cuzcuz ou polenta ou inhame ou cará (48g) ou arroz branco cozido (62g) ou aveia em flocos (18g) ou 1 unidade de batata cozida (88g)ou 1/2 unidade de pão tipo francês (25g)

Frutas: 1/2 unidade de banana nanica (43g) ou caqui (50g) ou fruta do conde (33g) ou pera (66g) ou maçã (60g) ou 1 unidade de caju (40g) ou carambola (110g) ou kiwi (60g) ou laranja lima ou pêra (75g) ou nectarina (69g) ou pêssego (85g) ou 2 unidades de ameixa preta (15g)/vermelha (70g) ou limão (126g) ou 4 gomos de laranja bahia ou seleta (80g) ou 6 gomos de mexerica ou tangerina (84g) ou 9 unidades de morango (115g)

Hortaliças: 1 colher de sopa de chuchu cozido (28g) ou ou couve manteiga cozida (21g) 2 colheres de sopa de abobrinha ou moranga ou beringela (40g) ou Couve-flo ou brócolis cozido (27g) 4 fatias de cenoura cozida (21g) 1 unidade de ervilha torta ou vagem (5g)

Leguminosas: 1 colher de sopa de feijão cozido (26g) ou ervilha seca cozida (24g) ou grão de bico cozido (12g) 1/2 colher de sopa de feijão branco cozido (16g) ou lentilha cozida

Carnes em Geral: 1/2 unidade de bife bovino grelhado (21g) ou filé de frango grelhado (33g) ou omelete simples (25g) ou ovo frito (25g) ou sobrecoxa de frango cozida (37g) ou 2 colheres de sopa rasas de carne bovina moída refogada (30g)

Leite e derivados: 1 xícara de chá de leite fluido (fórmula infantil) (182g) 1 pote de bebida láctea ou iogurte de frutas (120g) ou iogurte de polpa de frutas sem açúcar (130g) 3 fatias de mussarela (45g) 2 fatias de queijo minas (50g) ou 3 colheres de sopa de queijo parmesão (30g)

Óleos e gorduras: 1 colher de sobremesa de azeite de oliva (4g) ou óleo de soja ou canola (4g) 1 colher de sobremesa de manteiga (5g)

Introduzir alimentos saudáveis e continuar oferecendo mesmo se houver recusa inicial (de oito a 15 ofertas para observar aceitação). Devem ser temperados com salsa, cebolinha, alecrim, manjericão…) sem adição de sal. Não é permitido o uso de caldos, tabletes de carne industrializados ou de legumes ou quaisquer condimentos industrializados nas preparações. A papa deve ser amassada e nunca liquidificada ou peneirada. O óleo deve ser o óleo de canola ou soja ou oliva, adicionado (1 colher de sobremesa) após o prato pronto. O consumo de peixes deve ser estimulado, principalmente o arenque, sardinha e salmão, devido ao aporte de DHA. Alimentos industrializados pré-prontos, refrigerantes, café, chás, embutidos, entre outros que contém excesso de sódio, açúcar e gordura não devem ser expostos a criança. A oferta de água de coco (como substituto da água) também não é aconselhável, pelo baixo valor calórico e por conter sódio e potássio. No primeiro ano de vida não se recomenda o uso de mel. O café com leite é uma preparação que faz parte da nossa cultura, porém antes dos doze anos de idade, seu consumo não é recomendado. As frutas in natura, raspadas, amassadas ou picadas devem ser oferecidas em colheres, nesta idade.

O Baby-Led Weaning (BLW) significa: o desmame guiado pelo bebê. Autonomia do bebê na alimentação complementar. Ele estimula o desenvolvimento de habilidades motoras finas e mastigação. A oferta de alimentos complementares em pedaços, tiras ou bastões pelo próprio bebê. Pode existir risco de engasgo, e de baixa oferta de ferro e de calorias. O Baby-Led Introduction to SolidS (BLISS), que significa Introdução aos Sólidos Guiada pelo Bebê. Os alimentos são amassados para torná-los mais seguros para o bebê. Introdução mais gradual dos alimentos sólidos.

O Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que, no momento da alimentação, o lactente pode receber os alimentos amassados oferecidos na colher, mas também deve experimentar com as mãos, explorar as diferentes texturas dos alimentos como parte natural de seu aprendizado sensório motor. Deve-se estimular a interação com a comida, evoluindo de acordo com seu tempo de desenvolvimento. Prestar atenção aos sinais de saciedade da criança. Elas têm capacidade de autorregular a sua ingestão calórica total.

A Sociedade Brasileira de Pediatria, seguindo as recomendações do MS (Ministério da Saúde) e ESPGHAN (Européia de Gastropediatria) e Academia Americana de Pediatria destaca mais alguns pontos:

  1. Deve-se oferecer aos bebês uma dieta variada, incluindo alimentos com diferentes sabores e texturas, vegetais verdes de sabor amargo e azedo;
  2. Visando a aquisição de tolerância e redução do risco de alergenicidade, recomenda que a introdução dos alimentos deverá ser a mais ampla possível, oferecendo-se um único alimento considerado alergênico (ovo, soja, trigo, pasta de amendoim, peixes e frutos do mar) a cada três a cinco dias entre a idade de quatro e 11 meses;
  3. Alimentos com adição de sal, açúcar e baixa qualidade nutricional não devem ser oferecidos aos lactentes menores de dois anos, além de reduzir o apetite da criança e competir com os alimentos nutritivos, estão associados à anemia, ao excesso de peso e às alergias alimentares;
  4. Não oferecer adoçantes para as crianças, principalmente menores de dois anos. Os adoçantes estão presentes em vários alimentos ultraprocessados, como gelatinas, refrescos em pó, néctares e refrescos de caixa, bolinhos, biscoitos, sorvetes, entre outros, apresentados nos rótulos como edulcorantes (aspartame, ciclamato de sódio, acessulfame de potássio, sacarina sódica, estévia, manitol, sorbitol, xilitol e sucralose);
  5. Cuidados com a higiene: é importante orientar as mães sobre a higiene adequada das mãos, dos alimentos e dos utensílios, em especial das mamadeiras, quando utilizadas. Após a limpeza com água e sabão/detergente, deve-se fazer imersão da mamadeira e utensílios do lactente em água com hipoclorito de sódio 2,5% por 15 minutos na concentração de 20 gotas ou uma colher das de sopa de hipoclorito para um litro de água própria para consumo. Deve-se preconizar a utilização de bicarbonato de sódio a 1% para reduzir a contaminação com os agrotóxicos (uma colher de sopa para um litro de água) por 15 minutos. Fazer em separado. Lembrar que depois das imersões, não lavar em água corrente;

 

Não é permitido o uso de caldos, tabletes de carne industrializados ou de legumes ou quaisquer condimentos industrializados nas preparações.

A introdução da alimentação complementar deve ser gradual, sob a forma de alimentos bem cozidos e amassados (alimentação de transição), sendo oferecida com colher. A colher deverá ter o tamanho adequado ao diâmetro da boca do lactente e deve ser preferivelmente de silicone, plástico ou de metal emborrachado para evitar o contato metálico direto com a língua. Em média, são necessárias de oito a 10 exposições ao alimento para que ele seja plenamente aceito pela criança. O uso de colher deve ser iniciado com o lactente no colo da mãe ou de quem for dar às colheradas. A paciência e a suavidade, com palavras tranquilizadoras e manifestações positivas para o sucesso devem completar os esforços de quem ajuda nesta iniciação.

Os alimentos devem ser amassados, sem peneirar ou liquidificar. Nos primeiros dias, é normal a criança derramar ou cuspir o alimento; portanto, tal fato não deve ser interpretado como rejeição ao alimento. Recomenda-se iniciar com pequenas quantidades do alimento, entre uma e duas colheres de chá, colocando o alimento na ponta da colher e aumentando o volume conforme a aceitação da criança.

As frutas devem ser consumidas in natura (amassadas, cortadas ou raspadas), por conterem nutrientes importantes para a criança, como as fibras, e não na forma de sucos, nos quais predominam apenas os carboidratos simples. Importante oferecer água potável, a partir da introdução do início da alimentação complementar.

Deve-se evitar alimentos industrializados pré-prontos, refrigerantes, café, chás, embutidos, entre outros. A oferta de água de coco (como substituto da água) é desaconselhável, por conter sódio e potássio em sua composição.

Sugere-se separar os alimentos, amassar com o garfo e oferecê-los de modo individual, para que o lactente aprenda a desenvolver preferências e paladares diversos. A escolha dos alimentos do cardápio deve respeitar os alimentos disponíveis em sua região e suas tradições familiares.

VACINAS

O bebê com 6 meses deve ser vacinado contra: pneumococo, haemofilus influenzae tipo b, difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, gripe e hepatite B.

Existem diferenças entre as vacinas particulares e do SUS, confira algumas:

  • Vacina conjugada pneumocócica 10 valente = Pneumo 10V (SUS) – previne contra dez sorotipos do pneumococo.
  • Vacina conjugada pneumocócica 13, 15 ou 20 valente = Pneumo 13, 15 ou 20 V (particular) – previne contra treze sorotipos do pneumococo, bactéria que causa doenças como meningite, pneumonia, sepse, bacteremia e otite média.
  • Rotavírus – MSD – particular. É uma vacina pentavalente de vírus vivos atenuados. É composta por quatro vírus humanos (G1, G2, G3 e G4) e um bovino (P1). Também é administrada por via oral, mas em três doses com intervalos de dois meses. A primeira deve ser realizada entre 6 e 12 semanas de idade e a terceira não deve ultrapassar a 32ª semana. Para esta vacina é relatada uma eficácia de 74 a 98% para doenças graves.
  • DTP – Tríplice bacteriana celular (SUS) = Difteria, Tétano e Pertussis (Coqueluche) – Geralmente é essa a vacina que dá febre e reação nas crianças (dor local, febre, irritabilidade) após 48-72h da aplicação.
  • DTP acelular (SUS para pacientes com história de reação vacinal ou Particular) – Tríplice bacteriana acelular – essa não dá reação.
  • Hib – Haemophilus influenzae – Está na Tetravalente (DTP + Hib) – ela combate contra meningite, otite e pneumonia.
  • Vacina da gripe: Existem disponíveis duas vacinas influenza: tri e quadrivalente, sendo que a segunda contempla uma segunda variante da cepa B.
  • Vacina do COVID-19 Monovalente – primeira dose – Pfizer-BioNTech.
  • Vacina Inativada contra a Poliomielite = VIP. SUS, realizada intramuscular e é mais uma picada para a criança.
  • Pentavalente do SUS – DTP + Hib + Hepatite B – pode dar reação.
  • Hexavalente = DTPa + Hepatite B + VIP + Hib – Particular – não dá reação e são todas em uma picada só.

Resumindo:

  • SUS – 3 picadas pode dar reação
    Pentavalente (DTP + Hib + Hepatite B) – Intramuscular
    VIP – Intramuscular
    Pneumo 10V – Intramuscular
    COVID-19
  • Particular – 2 picadas geralmente não dá reação
    Hexavalente (DTPa + VIP + Hepatite B) – Intramuscular
    Pneumo 13, 15 ou 20V – Intramuscular
    Rotavírus – via oral

Beyfortus (niversimabe) – Imunoglobulina contra o Vírus Sincicial Respiratório, principal causador de bronquiolite em bebês.

O QUE O MEU BEBÊ JÁ FAZ?

Socioemocional: Já reconhece pessoas próximas. Gosta de se olhar no espelho. Já ri e dá gargalhadas.

Comunicação: Faz sons respondendo a sua conversa. Balbucio – “ma-ma”, “da-da”. Pode tentar imitar alguns sons. Faz barulhos estridentes. Vocaliza para brinquedos; emite sons consonantais (“Ah-goo”); gritos; expressa raiva de sons, além de chorar.

Motor: Rola. Empurra os braços retos quando de barriga pra baixo. Apoia-se nas mãos para se apoiar ao sentar. Pega o pé. Senta-se projetando para frente e apoiando nas mãos; sustenta peso com membro inferior. Agarra cubos com as mãos; tenta pegar objetos pequenos; tenta alcançar objeto com uma mão. Coloca as mãos na garrafa ou mamadeira. Transfere o cubo de mão; remove pano do rosto; agita brinquedos.

Visual: Tem uma visão mais nítida. Mostram interesse por objetos mais distantes. Maior acompanhamento de objetos em movimento.

Cognitivo: Coloca as coisas na boca para explorá-las. Busca alcançar um brinquedo do seu interesse. Fecha os lábios para mostrar que não quer mais comida. Procura objetos quando estão fora de vista. Reconhece o cuidador visualmente; brinca com os pés; toca na imagem do espelho. Começa a responder o nome.

É um sinal de alerta se ele não passar objetos de uma mão para outra.

SONO

São 15h por dia. A noite 11h e mais ou menos 2 sonecas durante o dia. Ter rotina para dormir. Não deixá-lo dormir no colo. Colocá-lo acordado no berço e fazê-lo adormecer ali, pois se ele despertar ele estará no mesmo local onde adormeceu e não se assustará (choro). A criança já pode dormir no seu quarto. Sempre de barriga para cima e sem objetos no berço. Nessa fase ele já consegue se acomodar no berço da forma que prefere. Cuidado com quedas.

XIXI E COCO

Alteração na consistência das fezes visto alimentação complementar. Alguns pacientes podem apresentar fezes endurecidas e o bebê pode até ter dificuldade para evacuar. Se sinal de sofrimento ou desconforto, converse com o pediatra. Você pode colocar um espelho do lado do trocador, assim o bebê se diverte olhando no espelho e a longo prazo irá se reconhecer.

O QUE FAZER PARA O MEU FILHO TER UM BOM DESENVOLVIMENTO

EMOCIONAL:

Vínculo afetivo – abrace, acaricie, contato físico e sorria para ele. Comunicação verbal: fale com o bebê, faça perguntas e dê tempo para ele responder com seus balbucios. Sensibilidade: responder a suas necessidades de fome, sono, desconforto, etc. O toque, o sussurro, o carinho da mãe e dos familiares são fundamentais para o desenvolvimento da afetividade e da socialização. Amamentar sempre que ele tiver fome, tentando estabelecer uma rotina. Rotina de sono, brincadeiras e alimentação ajudam o bebê a se sentir seguro. Eles gostam de previsibilidade.

FÍSICO:

Colocar o bebê de bruços (Tummy time) para o reforço da musculatura do pescoço e tronco. Colocar o bebê sentado com leve apoio. Dar um brinquedo simples estimulando-o a passar de uma mão para outra. Quando o bebê estiver segurando um brinquedo, oferecer outro, para estimulá-lo a trocar os brinquedos, soltando o primeiro. Colocar o bebê sentado no seu colo e brincar de deita/levanta. Segurar o bebê pela axila e brincar de pula-pula. Colocar brinquedos longe dele para buscá-los arrastando-se. Estimular o bebê a rolar lateralmente. Bater palmas com o bebê. Levar o pé do bebê até a mão ou a boca.

INTELECTUAL:

Exploração sensorial de diferentes objetos com texturas, cores e formas. Esconder um brinquedo embaixo de uma almofada e incentivar o bebê a procurá-lo. Brincar de esconde-esconde com o bebê. Esconda-se com uma fralda ou atrás de um travesseiro, para que ele encontre você. Colocá-lo na frente de um espelho e fazer brincadeirinhas de aparecer e desaparecer. Fazer o bebê estender os braços para atirar-se no colo dos adultos. Leitura: ler em voz alta e mostrar as imagens dos livros e falar sobre elas. Desenvolvimento auditivo: música e diferentes tipos de sons. Diferentes sons e estímulos verbais são importantes para o desenvolvimento da linguagem.

Use a brincadeira “para frente e para trás” com seu bebê. Quando seu bebê sorri, você sorri; quando ele fizer sons, você os copia. Isso o ajuda a aprender a ser social. “Leia” para o seu bebê todos os dias olhando para fotos coloridas em revistas ou livros e falando sobre elas. Responda a ele quando ele balbuciar e “ler” também. Por exemplo, se ela fizer sons, diga “Sim, esse é o cachorrinho!” Aponte coisas novas para seu bebê e nomeie-as. Por exemplo, quando em uma caminhada, aponte carros, árvores e animais. Cante para o seu bebê e toque música. Isso vai ajudar o cérebro dele a se desenvolver. Limite o tempo de tela (TV, telefones, tablets, etc.) para chamadas de vídeo com entes queridos. O tempo de tela não é recomendado para bebês com menos de 2 anos de idade. Os bebês aprendem conversando, brincando e interagindo com os outros. Quando seu bebê olhar para algo, aponte e fale sobre. Coloque seu bebê de bruços ou de costas e coloque brinquedos fora do alcance. Incentive-o a rolar para alcançar os brinquedos. Aprenda a interpretar o humor do seu bebê. Se ele estiver feliz, continue fazendo o que você está fazendo. Se ele estiver chateado, faça uma pausa e conforte o seu bebê. Ajude seu bebê a aprender que ele pode se acalmar. Fale baixinho, segure, balance ou cante para ele, ou deixe-o chupar os dedos ou uma chupeta. Você pode oferecer um brinquedo favorito ou animal de pelúcia enquanto o segura ou o embala. Segure seu bebê enquanto ele se senta. Deixe-o olhar ao redor e dê brinquedos para ele olhar enquanto ele aprende a se equilibrar.

Leitura:

Ler livros com cores contrastantes e vivas. Como ler para o Bebê? Os bebês nessa fase já conseguem se sentar, segurar o livro e também colocá-los na boca. Os pais podem nomear as figuras que o bebê aponta no livro ou aquelas em que ele fica interessado. Ajudar o bebê a virar as páginas do livro. Transmitir o clima da história por meio da entonação da voz, de gestos e de expressões faciais. Converse e faça perguntas sobre as coisas que ele está ouvindo. Ex: “Olha o gatinho. Como ele faz? Faz miau-miau.” Seguir as indicações do bebê para ler mais, repetir ou parar. Representar com gestos ou a voz a figura que estive mostrando. Imite os sons que o bebê faz e observe sua reação. Apontar as figuras que estão no livro e dizer em voz alta o nome daquilo para o qual o bebê estiver olhando.

ALERTAS DE SEGURANÇA PARA O BEBÊ

  • Quedas (cama, trocador, colo, carrinho e poltronas).
    • Sempre colocar e travar o cinto do bebê conforto. O bebê sempre deve estar com supervisão, nunca deixe-o sozinho em locais elevados. Ao carregar um bebê no colo, evite pisos lisos, molhados ou escorregadios. Além disso, em escadas e degraus, apoie-se sempre no corrimão.
  • Queimaduras (banho, cigarro, líquidos quentes-mamadeira). Cozinha não é lugar para bebês. Nunca cozinhe e nem manipule líquidos ou substâncias quentes com o bebê no colo.
    • Temperatura do ambiente nem excesso de calor e nem frio.
    • Afogamento na hora do banho: não colocar a cabeça em contato com a água, ele vai aspirar.
  • Sufocação (dormir de barriga para baixo, enrolar cordão ou prendedor de chupeta em volta do pescoço, pequenos brinquedos, entre o espaço do colchão e o berço quando o colchão é do tamanho incorreto).
    • Dormir sempre de barriga para cima, sem travesseiros, almofadas, cobertores ou brinquedos soltos no berço.
    • O colchão deve ser firme.
  • Intoxicações (medicamentos em doses erradas, substâncias tóxicas – naftalina).
    • Esterilização adequada da mamadeira para evitar infecções gastrointestinais.
    • Evite expor o bebê a fumo passivo ou ficar em ambientes com pessoas fumando.
  • Não deixe cães e/ou animais domésticos perto do bebê – pode ser perigoso.
  • Prefira termômetro digital pois o de mercúrio quebra fácil e é tóxico.
  • Não utilize talco, pois há risco de sufocação e pneumonite química.
  • Mobílias e equipamentos para o bebê devem conter certificação pelo Inmetro e ABNT.
  • Transporte adequado no carro, usar bebê conforto adequado para cada faixa etária, conforme anexo abaixo.
  • Usar bebê conforto ou conversível de costas para o movimento do veículo e preso pelo cinto de segurança.

 

Bibliografia

Sociedade Brasileira de Pediatria

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